Não foi com aquele tiro,
com aquela arma de fogo
que ele a matou.
Foi antes, muito antes...
Pouco depois de lhe matar
os sonhos estrelados
e de lhe comer toda
a esperança risonha.
Antes mesmo dos impropérios
gritados enquanto esmurrava
o corpo dorido...
Talvez ao mesmo tempo
que os pontapés lhe mataram
o único ser que a amaria
de verdade, talvez...
EM - ATÉ AMANHÃ - VERA SOUSA SILVA - LUA DE MARFIM
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