Da vigília aceso o farol
a gávea do sonho erecta
haste de flor sem pétala
corola vizinha do sol
simultaneamente mastro
vela que se enfuna
e esfumada coluna
escrevendo no céu seu rasto
as palavras que formo
como fumo ou nuvem
evolam-se, evoluem
em seu fluido contorno
e a forma, submissa à luz
aprende, em tal movimento
que há que confiar ao vento
tudo o que o vento produz
EM - OBRA AO RUBRO - ANTÓNIO GIL - LUA DE MARFIM
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