sábado, 14 de fevereiro de 2015

Ingenuidade da lua - CRISTINA PINHEIRO MOITA

Lembro-me da janela do meu quarto
as cortinas eram brancas, de saber
o luar que as vestia era um espanto
nos meus sonhos de menina a florescer

Conversávamos, mal chegava o meu temer
eu perguntava se ela lia nos meus sonhos
na agulha que bordava cada ser
e na quimera, nasciam estrelas para ver

Bailarinas de um amor que ia aparecer
rosas brancas numa jarra de prazer
água do rio que brilhava a amanhecer

Usava um laço no cabelo preso à trança
e uns seios de menina só a crer
na ingenuidade que uma lua pôde ter.

EM - FALUA DA SAUDADE - CRISTINA PINHEIRO MOITA - LUA DE MARFIM

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