Ergam as mãos num apelo
lancem as vozes em esmo
a vida está um atropelo
e castrada, vai estar mesmo.
Soltem numa só essas vozes
saquem do peito o estertor
vive-se em cascas de nozes
sem remédio para a dor.
Tempos e estes conturbados
de entranhas todas nojentas
que remexem os safados
sem ter vergonha nas ventas.
Perde-se de todo o encanto
é a brecha dos desenganos
olhos inchados de pranto
pela dança dos insanos.
EM - CASTELO DE LETRAS - GABRIELA PAIS - LUA DE MARFIM
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