terça-feira, 6 de maio de 2014

XXIX - SÉRGIO FRANCLIM

Duas moedas para o barqueiro
E um sonho para renascer...

A noite turva-se como sempre
Na escuridão do cansaço.
Minha alma alarga-se no Obscuro,
E conquisto o terror dos mistérios.

Morrerei! E serei sempre outro,
Não tendo nada mais
Do que duas moedas para o barqueiro.
Atravessarei o rio dos Infernos,
Esperando tirar do leito infernal
O plano de Deus - o desejo
De renascer, de ser outro e de nada ter.

Duas moedas sobre os meus olhos -
Duas moedas para o barqueiro.

EM - ETERNO VIAJANTE - SÉRGIO FRANCLIM - MINISTÉRIO DOS LIVROS EDITORES

Sem comentários:

Enviar um comentário