LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO PELA AUTORA
A minha rua desce para o Tejo.
Não é simbologia.
Há o rosto nítido dos barcos
na continuidade das pedras.
Em qualquer ponto se define
uma constelação entre proas.
Da janela avalio a inutilidade das âncoras.
Por isso, incluo no poema a escada irreversível
onde alieno os meus passos.
Confirmo a legibilidade da chuva,
ou da água oculta na concavidade dos olhos,
e nomeio o estremecimento das mãos
como um paradigma de amor.
EM - POEMAS ESCOLHIDOS 1990/2011 - GRAÇA PIRES - EDIÇÃO DE AUTOR
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