Solucei o teu pranto
quando as tuas mãos vazias
se abeiraram de mim
e eu entrelaçava a vida
negando o não.
Deixei que me levasses
no teu esgar de encanto
e levaste-me tanto da alma
como das asas
envolta num mágico desacordar
sem tempo de dizer não.
Agora, por não ter asas
tombei
a alma, essa deixei-a voar
para que na consciência de ti pousasse
e me ensinasse do não, a dor.
E para que se não partisse
no meu tombo o coração
coloquei-o devagarinho no chão
esperando que seja curta a mágoa
e no lugar de frágua espargida
me renasçam as asas
negando o não!
EM - EU DIGO NÃO AO NÃO - ANTOLOGIA - LUA DE MARFIM
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