Semeiam-se flores de papel,
que choram sangue.
O orvalho da manhã
se ruboriza.
A ânsia, num halo de desapego
e memórias famintas
que o fogo consumiu,
perde-se nas sombras,
destas flores sem vida.
Segue-se por atalhos,
à procura dum anjo descalço
que refresque a verdura matinal
e eternize flores brancas
e verdadeiras,
para que possamos sorver
o seu aroma
e o marejar suave das marés.
EM - CREPÚSCULO - LITA LISBOA - TEMAS ORIGINAIS
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