Num dos bancos do jardim,
Queimados pelo sol e pelo uso,
Há um desgaste pelo abuso
Em cada tarde sem fim
Alguém, sentado, curvado,
Tem nas pernas a cabeça.
Ignorando a sentença,
É refém do seu estado.
Seu corpo exala um cheiro,
Moribundo, sem dinheiro,
Ressona perdidamente...
Quem lá passa, vê desgraça,
Nem ele sabe a sua graça.
Só se vê que "aquilo" é gente!
EM - POESIA AO VENTO - JOEL LIRA - LUA DE MARFIM
Traduz uma vivência sentida no mundo de hoje.
ResponderEliminar