Rasga esses versos que eu te fiz, Amor!
Deita-os ao nada, ao pó, ao esquecimento,
Que a cinza os cubra, que os arraste o vento,
Que a tempestade os leve aonde for!
Rasga-os na mente, se os souberes de cor,
Que volte ao nada o nada de um momento!
Julguei-me grande pelo sentimento,
E pelo orgulho ainda sou maior!...
Tanto verso já disse o que eu sonhei!
Tantos penaram já o que eu penei!
Asas que passam, todo o mundo as sente...
Rasgas os meus versos... Pobre endoidecida!
Como se um grande amor cá nesta vida
Não fosse o mesmo amor de toda a gente!...
EM - SONETOS - FLORBELA ESPANCA - BERTRAND
Simplesmente amo Florbela! Um bj
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Aprecio esta Poetisa do séc.XX, louvada a nível nacional , no ano passado, creio, em Matosinhos.
ResponderEliminarTeve a vida que escolheu, exprime na sua poesia os seu.s estados de amor.
Eu não tenho nada a rasgar ...nunca fui fonte de inspiração para poetas...escusado será sujeitar-me a mais interrogatórios...O que conservo é da minha lavra. nada que me tivesse dedicado. Não me alongo, quero paz entre todas.
Grata e apreciei este soneto