Para lá dos campos e vales
que descem em violento declive
na direcção do mar e do horizonte
a que chamo bainha de Deus
(ou somente linha azul e violeta
a separar o mar do céu)
sigo o sentido que o teu braço indica
e fito as nuvens flamejantes,
rasgadas por relâmpagos.
Começas de novo a falar.
O estrondo da cascata
a trovejar aqui ao lado
torna as tuas palavras inaudíveis.
No entanto consigo compreender-te.
EM - SANTO ASINHA E OUTROS POEMAS - FREDERICO LOURENÇO - CAMINHO
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