domingo, 4 de novembro de 2012

Repouso - MIGUEL TORGA

Paz das alturas, evasão furtiva
Da inquietação rasteira.
Aprazível clareira
Na floresta do tempo penitente.
Branca serenidade passageira
Onde tudo é sereno eternamente.

Um pequeno descanso refractário
De ser homem.
Pousei o meu carrego.
A cavalo na terra, olho-a de cima,
Fugido à força de atracção que anima
O seu desassossego.

EM - POESIA COMPLETA VOL. II - MIGUEL TORGA - DOM QUIXOTE

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