quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Poema três no Anfiteatro - JAIME ROCHA

Um homem espreita por uma muralha e vê um
vulto a debater-se com a morte. Existe um pacto
entre ele e esse fosso misterioso por onde corre
um rio encarnado. Um leão caminha de rastos
à procura de uma saída. Vai ferido a uivar no
meio das pedras. O homem esconde-se numa gruta.
A sua espada reflecte uma luz solar, Corta-se num braço,
enterrando a lâmina devagar. Tudo à sua volta se
levanta e o abençoa. O céu tapa-se respondendo ao seu
apelo, definindo-lhe uma alma e um corpo vitorioso.

EM - OS QUE VÃO MORRER - JAIME ROCHA - RELÓGIO D'ÁGUA

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