O homem parou quando lhe viu o seu único
seio e vingou-se. Alguém, antes dele, a decepara.
As costas nuas tinham o tamanho do mármore,
riscadas por um ancinho. O sangue era morno,
caindo, como uma serpente. O seu rasto deixava
atrás de si um muro pequeno que se solidificava
com a respiração das aves. O homem quase perdeu
o medo, porque o que ele fazia era explicar-lhe
as diversas formas de morrer antes do amor.
EM - OS QUE VÃO MORRER - JAIME ROCHA - RELÓGIO D'ÁGUA
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