Matéria, corvo
comedor de crias.
Um rio árduo corre
fora de si mesmo.
É tarde em qualquer parte
como se eu lá estivesse.
Volto para casa,
imóvel foz de sangue.
O coração é feito
de ardentes sedas
por que respira a morte,
os sonhos feitos de outros sonhos.
EM - POESIA REUNIDA - MANUEL ANTÓNIO PINA - ASSÍRIO & ALVIM
Sem comentários:
Enviar um comentário