terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O regresso - MANUEL ANTÓNIO PINA

Matéria, corvo
comedor de crias.
Um rio árduo corre
fora de si mesmo.

É tarde em qualquer parte
como se eu lá estivesse.
Volto para casa,
imóvel foz de sangue.

O coração é feito
de ardentes sedas
por que respira a morte,
os sonhos feitos de outros sonhos.

EM - POESIA REUNIDA - MANUEL ANTÓNIO PINA - ASSÍRIO & ALVIM

Sem comentários:

Enviar um comentário