quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O poeta e as víboras - NATÁLIA CORREIA

Baile dos corpos intermédios
com luas mortas nos braços
sem desenlace e sem consequência.

Dança da solidão de mim e de outros
comigo no centro ignorada.
Bailado das palavras
com suportes de morte imediata.

Rio sem águas e sem fundo
com margem numa boca emudecida.
Silvo de serpentes que rastejam
famintas para o vértice da vida
onde me aparto de cansaços inúteis.

EM - POESIA COMPLETA - NATÁLIA CORREIA - DOM QUIXOTE

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