quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

16 - ÁLVARO DE CAMPOS

Através do ruído do café cheio de gente
Chega-me a brisa que passa pelo convés
Nas longas viagens, no alto mar, no verão
Perto dos trópicos (no amontoado nocturno do navio -
Sacudindo regularmente pela hélice palpitante -
Vejo passar os uniformes brancos dos oficiais de bordo).
E essa brisa traz um ruído de mar-alto, pluromar
E a nossa civilização não pertence à minha reminiscência.

EM - POESIA - ÁLVARO DE CAMPOS - ASSÍRIO & ALVIM

Sem comentários:

Enviar um comentário