sexta-feira, 9 de setembro de 2011

4 - JAIME ROCHA

Existir nesse pássaro, nesse espelho
que reflecte os rios, deixar que os seus
crimes se instalem como um risco
cruzado numa folha de papel. E suportar
o choro gravado junto a uma janela, tremer,
sabendo que não é possível voar sem ter
conhecido a água que corre dentro da alma.

EM - DO EXTERMÍNIO - JAIME ROCHA - RELÓGIO D'ÁGUA

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