Ó Hermengarda, ó pálida donzela,
Ó pálida donzela enlouquecida,
Que à porta da caverna adormecida
Sonhavas com Eurico, à luz da estrela.
Ó Hermengarda, ó pálida donzela,
Rosabranca de luz, emurchecida,
Canção d'amor, triste canção dorida,
Que uma alma santa, um coração, revela.
Amo também a tua sombra altiva,
Amo também essa memória viva
Do teu nome, espalhada em derredor,
E no Além, nas trevas do passado,
Eu vejo ainda o teu olhar velado
Quase a sorrir, enlouquecer d'amor.
EM - POESIA - DOMINGOS MONTEIRO - INCM
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