domingo, 17 de julho de 2011

Da verdade nunca achada - JOÃO RUI DE SOUSA

O pior é que sabias
quantas mortes transportavas
quantas fronteiras erguias
em ti próprio que afundavas
os vários sóis que trazias
em nebulosas e praias
quantas noites eram dias
piores que as noites mais bravas
de patentes arrelias
(sarrisca e cinza empolgadas)
de saber que dor havia
de saber que havia o nada
o movimento cindido
entre sombra e alvorada:
a falha de um só sentido
- de verdade nunca achada.

EM - LAVRA E POUSIO - JOÃO RUI DE SOUSA - DOM QUIXOTE

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