Pudessem minhas lágrimas caindo,
Quando a minha Alma no silêncio chora
E enquanto, meu Amor, estás dormindo,
Dar-te um sonho tranquilo, noite fora;
Pudesse eu ir chorando e tu sorrindo,
Toda a noite eu chorava até à hora,
Em que, o exausto corpo descaindo,
Meu rosto desmaiasse à luz da Aurora.
Secara então as lágrimas... só quando
Se apagam as estrelas moribundas,
A voz dos rouxinóis vai desmaiando,
- Já o nocturno encanto se desfez -
E as almas silenciosas e profundas
Voltam à melindrosa timidez...
EM - POESIA - JAIME CORTESÃO - INCM
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