Não, ninguém sabe, talvez
só o corvo que na torre
do relógio mora sempre,
quantos dias são precisos
para esquecer uma noite.
Da amêndoa dessa noite
outra noite há-de brotar
- mais amarga de esquecer
do que essa noite primeira.
A segunda pode em treva
tornar de luz a de origem.
Mas já no branco da lua
vem caminhando no céu
a noite número três.
EM - OBSESSÃO - JOSÉ ANTÓNIO ALMEIDA - &ETC
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