Deixem-me amar o mar
Comer as algas, expurgar a lama
Deixem que o mar me ame
E me aclame sobrevivente
Deixem que a pele se queime
Na lonjura do sol e da saudade
Renascendo asa de coral
E o meu abrigo
Deixem que a boca cuspa
Lodos de preconceito
E que o meu leito
Seja terra espargida de causa
Deixem que as mãos naufraguem
No rosto de luz das marés
Abram de espuma as estrelas
E deixem chorar o mar
Deixem que nada ou as ondas
S alastrem no meu peito
E que o meu corpo...
Seja sempre esse mar salgado!
in... Entre o sono e o sonho - antologia de poesia contemporânea vol.II - Chiado editora
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É uma poetisa enorme. Os seus versos são magia. A sua voz é de moura encantada que sempre me encanta ao ouvi-la. Costuma aparecer sobre as dunas quando as traineiras se fazem ao mar no sol poente. Como já devem ter reparado pelo voar das gaivotas e pelas singelas palavras que aqui deixo... gosto muito da sua poesia. Abraço.
ResponderEliminarA vossa ternura é infinita assim como infinda é a minha gratidão!
ResponderEliminarBeijos
Que lindo poema...
ResponderEliminarAdoro o mar, eu venho do mar! Nasci à beira mar!
Que grande poetisa!
beijos
Obrigada pela partilha. Não conhecia.
ResponderEliminarBeijos.
Que força de mar...
ResponderEliminarLindissimo o seu poema...
Que saudades, do mar...
Bjs dos Alpes...
Este tenho eu comigo, leio-o muitas vezes,
ResponderEliminarpena tenho de não te ter cnhecido neste dia tão especial, primeiro passo no convívio de
poesia, mas não perdi a esperança hei-de encontrar-te um dia para te dar um abraço.
Da poesia sabes o que penso, fico rendida à belaza das tuas palavras e te acho sempre a maior.
beijinhos, obrigada pela tua amizade
natalia