LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
Ei, tempo!
Para de brincar comigo!
Acalme seu tino de correr, por favor!
Se de amor o ser precisa;
Como assim se acostumar com despedida?
Calar não vou.
Andei em muitos sonetos,
Procurando um remédio,
Para esse mundo “caduca”;
Quase esmoreci, do tanto que vi;
Mas, nunca desisti.
Ei, tempo!
Deixa de ser teimoso!
Se tenho as provas; ainda sondas?
Deito em minha tensa caligrafia...
Faço-me entender;
E você, tempo?
Por que passar assim depressa,
Se o mais vibrante é o momento?
De estar o ser venera;
Por que então faz padecer?
Ei, tempo!
Para de impor esse seu compasso,
Porque eu mesmo faço, minha vida de aço;
E deito no que escrevi.
EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL - COLETÂNEA - IN-FINITA
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