quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Chapada Diamantina - Lísias Azevedo

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Na vastidão da Chapada, vozes ressoam,
Onde o tempo gravou marcas que registram a dor.
Jagunços, Cangaceiros, sombras na serra,
Sertanistas desbravaram essa terra.

Nos vales sombrios, frias madrugadas,
Buscavam riquezas, jornadas traçadas.
Indígenas calados, chão profanado,
Sob pedras, seu grito foi silenciado.

Coronéis erguiam poder com terror,
Diamantes brilhavam, promessa e ardor.
Garimpeiros seguiam trilhas fatais,
Mas o ouro cobrava seus altos finais.

Escravos curvados, fardo sem fim,
Nas fazendas sofriam em um destino ruim.
A Chapada, testemunha de tanta agonia,
Guardou as memórias da dor e euforia.

Hoje, nas trilhas, o vento é brando,
A natureza floresce, e o presente é amparo.
Chapada, teu passado persiste no chão,
Mas o futuro renasce em nova canção.

Montanhas e vales, tua história assim:
Força e beleza, encanto sem fim.

EM - ECOS DO NORDESTE - COLETÂNEA - IN-FINITA

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