Todos sabiam de cor uma canção.
Todos tinham um poema na memória,
ou lembravam uma prece antiga.
Todos tinham no peito um rio
sem margens a alagar o sonho.
Em cada esquina um amigo, cantara o Zeca.
Verdade irrefutável, premonição,
senha indicada à boca da vertigem,
um ímpeto no espanto há muito pressentido.
EM - ERA MADRUGADA EM LISBOA - GRAÇA PIRES - POÉTICA EDIÇÕES
Sem comentários:
Enviar um comentário