quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Velho moinho - António Soares Ferreira

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Já não rodas ao vento, 
Tuas velas estão paradas, 
São os sinais do tempo, 
Tantas gerações passadas 

Quantas famílias alimentaste 
Com tua mó a rodar, 
Quantas bocas saciaste 
E outras tantas a enganar 

Já não rodas ao vento, 
O teu fim chegou um dia, 
Tuas velas a rodar 
Formavam uma melodia. 

Melodia que só tu escutavas 
No silêncio do lugar isolado 
Nesse rodar de velas ao vento 
Moendo um trigo aveludado 

Tempo que para ti foi cruel 
Velho, cansado e já gasto, 
Descansas agora o teu “carrocel” 
Num rio, num monte ou num pasto.

EM - PALAVRAS QUE VOS TRAGO - ANTÓNIO SOARES FERREIRA - IN-FINITA

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