terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Eu assumo… - Vallda

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Eu assumo que nas vísceras me adentram
campos de concentração e palcos.
(Palcos porque me batem palmas…)
Eu assumo ser metade uma,
Metade outra:
Uma de mim, é perfeita
A outra destila defeitos genéticos…
Eu assumo que o meu teto é cheio de máculas
O chão de fendas;
Paredes vítreas;
Janelas opacas…
Só não posso assumir o que tanto argumentam
Se meu semi-cadáver está inerte
Coagula sangue;
Salienta veias;
Fricciona olhares;
Filtra pontos negros
E sempre em silêncio…
Nos campos de concentração
Guardo apenas e só
Pérfidas fobias de inutilizar os inimigos
Porque uma de mim, a taciturna
Vive entre uma espada que degola
E uma parede que veta
Todo o meu líbito de “alforriar” a verdade.

EM - CONEXÕES ATLÂNTICAS VIII - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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