terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Assunto - Antónia Balsinha

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Olhando o rio ou o mar
Sentado num’ esplanada
O assunto não esgota
Com loja sempre fechada

No café do restaurante
Morte é anunciada
Turista meio maluco
Caiu da sua jangada

No palanque da suspeita
Regresso é tempo morto
Calor de Verão é frio
Trouxeram corpo já morto

Com cara de gafanhoto
Notícia morde, fura
A praia enche de gente
Nessa tarde de loucura

Finalmente chega corpo
Na ponta dum rebocador
Traz boca cheia de peixe
O morto era professor

As claves do sol batiam
Entrelaçadas nas rugas
Do professor de música
Alheio a tantas fugas

Circulam logo rumores
Palpites da palma da mão
As marcas da tragédia
Secaram a terra do chão

EM - A POESIA CORRE MUNDO - ANTÓNIA BALSINHA - IN-FINITA

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