sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Quando dei por mim - NICOLETA PECELI

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
Conheçam a In-Finita neste link

Quando dei por mim
Era poesia nos lábios de quem procurava sorrir,
Enquanto o vento apagava as rimas de um corpo em agonia;
É tão cinzento o fim.
Quando dei por mim
Era prisioneira do silêncio,
Um barco que esperava no rio a estrela do dia,
Um segredo abandonado numa tela vazia,
A ternura de uma lágrima a partir.
Quando dei por mim
A história tinha acabado.
No peito não havia mais lugar para o coração,
E nas veias o sangue magoado contava os últimos segundos;
O nome volta a casa
E as memórias transformam em fado
A tristeza de uma alma infeliz.
Abandonado à própria sorte, o espírito procura um lar;
Ao longe, uma caravana cigana aproxima-se.
Em volta de mim, um círculo vazio não deixa ninguém entrar.
Quando dei por mim
O corpo frio jazia no chão.
Ao meu redor a paisagem desmoronava-se.
O sorriso segue devagar a luz da caravana
Sou apenas a viagem de um sonho que nunca vivi…

EM - AMANTES DA POESIA E DAS ARTES - COLETÂNEA - IN-FINITA

Sem comentários:

Enviar um comentário