A vertigem de despir-te em mim,
provocam tremores no fio da navalha.
Hoje não quero o sol a brilhar de azul,
nem o vento a soprar de sul,
somente o teu rosto no meu,
ousado e altaneiro,
soltando fagulhas incendiadas,
vermelhas, negras e nuas,
nas sombras dos olhos cerrados,
e doces.
Desejo sentir a intempérie do vento,
cabelos que deslizam no peito,
e afogam a saliva seca da boca,
pétalas de magnólia rosada,
seduzidas pelo jejum dos corpos,
que no negrume da luz do quarto,
se deleitam em harmonia,
e prazer.
Só o perfume de teus seios,
fazem-me viajar na ponta do limbo.
EM - EROTISMO E SENSUALIDADE - COLECTÂNEA - IN-FINITA
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