LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Cobri-me com teu cálido e cheiroso manto para perder o tino
de qualificar a tristeza dos meus olhos no reflexo de ti
e na mesma afastar a possibilidade de estares longe
de me poder embriagar, com o teu quase certo despudorar.
Assim também e embora tapado consegui o tentador propósito
de olvidar o negrume, que em mim não está para despegar.
Tive sempre sobre mim luas abertas e até as eclipsadas
que paulatinamente me rasgaram e dolorosamente,
as fui transportando, sempre com a persistência de coartar
a força para gritar: quero ser curado!
No vazio dos tempos que se vão reformando, dei por mim
com os pés arrastando, pelas lezírias do pensamento,
mutilando corolas de um forte amarelo, sempre
com as renovadas esperanças de arrancar a última pétala
que calhe no bem-me-quer tão rebuscado!
Nada encontrando e já com o ruim desânimo embarquei
com o João Fagundes para a Terra Nova, na esperança
que o gelo curtisse todas as chagas e assim sarar.
Sabia que sempre ficaria preso nas fortes cordas do mar,
ao ponto de estrebuchar e nada poder fazer do que resignar
e ficar e esquentar o desânimo do tanto procurar,
o que não consegui encontrar.
EM - PALAVRAS ESCRITAS, PALAVRAS PINTADAS - ANTÓNIO CAPELLA - IN-FINITA
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