LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO POR IN-FINITA
Na ousadia que me assiste, fico em silêncio;
aromatizo a pele com um leve pó de arroz e,
mergulho a alma num perfumado odor.
Pincelo a minha noite com preceito,
a vontade em seguir é soberana,
adocico o olfato com um leve vinho,
jogo o anel ofertado e deixa -o sozinho.
Os pés suaves procuram o seu par,
dançam ao som do eco soante,
brilham na Luz gritante e.… rodopiam,
em perfeitos círculos giratórios angulares.
Eu, simplesmente nua e crua de tudo;
caminho segura na soberana vontade,
e esculpida a rigor... liberto-me das correntes e,
lanço à sarjeta as imperfeições dos artefactos.
Enfrento o vento que ondula os fios de cabelo,
apetrecho os punhos - agora - de aço,
ignoro todas as mensagens de perigo,
liberto o veneno fatal da vontade, da paixão.
Eu..., apenas uma entre tantas;
que cobiça a lua, a terra, o sol, os astros...!
Eu..., somente uma outra face nua;
que cobiça o desejo do antídoto para a minha cura...!
Eu... que me permito ser... apenas o que Eu quiser...!
EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL - COLECTÂNEA - IN-FINITA
Sem comentários:
Enviar um comentário