LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO POR IN-FINITA
No intrínseco das palavras, que feriam o coração
Havia amor e muita magoa, por aquela ocasião,
O seu íntimo chorava, num apelo à triste solidão,
Deixa-me em paz, pois preciso muito da tua mão!
Era um rosto enrugado, pelos muitos anos curtido,
Sentia-se maltratado por todos e pela vida preterido,
Assim, sem julgamento, num enorme desespero,
Vivia a vida loucamente, mas em pleno desterro!
Escondido de si e daquela realidade semi-obtusa,
Sonhava pelo seu retorno, mas sem ser castigado,
Por ter abandonado a mulher, que o tinha amado!
Saiu de si infeliz, encostado a toda a sua maldade,
Perseguido pelas vis recordações daquele passado,
Em lágrimas, jogou fora o seu retrato, desgostoso!
EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL (POESIA) - COLECTÃNEA - IN-FINITA
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