segunda-feira, 19 de julho de 2021

Na poética calçada do repente - ZITO JR.

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Lá, no bar de Evaldo Severino
Logo cedo começa a agitação
Vem Lirinha e toda a produção
Para mais um trabalho genuíno
Percorrendo esse solo nordestino
Ele mira no artista a sua lente
Grande ideia pulou da sua mente
Ganhou vida e saiu estrada afora
Em Sumé, fez parada, sem demora
Na poética calçada do repente.

Dei chegada pela primeira vez
Já sabendo do que iria encontrar
Levei Gerson Sandré pra declamar
E homenagem ao Cabeça, assim se fez
Também meu Samuel, por sua vez,
“De fotógrafo” foi junto com a gente
E mesmo quem estava indiferente
Sua câmera, discreta, registrou
Dr. Ricardo esse encontro orquestrou
Na poética calçada do repente.

A presença de Jorge Filó
Deu cores vivas a este momento
Escritor e poeta de talento
É filho de Mané, é outro em pó
Veia solta do Pajeú ao Moxotó
Tem o gene do verso efervescente
Com peleja vista, aqui, sai contente
Esse dia em sua vida marcará
Uma amostra de cultura levará
Da poética calçada do repente.

É um ponto de grandes violeiros
Apologistas e admiradores
Um cardápio variado pros senhores
Com aboio e presença de vaqueiros
Tem Assis Papagaio e companheiros
A cerveja gelada e a aguardente
Uma carne na grelha, a brasa quente
E um verso tirado, ali, na hora
A vontade de ir já foi embora
Na poética calçada do repente.

João Badalo também apreciava
O desafio de Evaldo e Erivaldo
Repentistas que deram o seu recado
Para quem, ali, documentava
Uma batalha em versos se travava
E até o bêbado escutava-os atentamente
Dito o mote, sai o verso e sorridente
Alguém bota uma gorjeta na bacia
Vou embora, mas sei que volto um dia
À poética calçada do repente.

EM - ECOS DO NORDESTE - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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