LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO POR IN-FINITA
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Tardo-me nas horas...
Beijo-as, uma a uma,
Num som arrastado e surdo,
Por não saber como quebrar
Cinzentos vidrados de bruma
Estirados pelo pensamento.
Ai túrbido olhar, vazio e lento,
Consumido por esses ponteiros
Que rodopiam, dia após dia,
Em monocórdica sincronia!
Ai calada voz, ai voz embargada,
Aprisionada num corpo inerte,
Sem luz ou som que a liberte...
Enlaça-me esperança!
Sussurra-me ao ouvido sedento
Breve e contígua mudança,
Canta-me novas trovas de alento
Diz-me que lá fora o campo me espera,
Que as flores por aí despontam,
Que as aves já estão a chegar
E que o céu e o mar se entrelaçam
No mesmo raro azul cintilante.
Aquieta-me esperança,
Fala-me desta ímpar primavera,
Que só por ti quero anunciada
Para não a ter de mim afastada!
EM - PANDEMIA DE PALAVRAS - COLECTÂNEA - IN-FINITA
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