sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Quem sou - CARLOS ARINTO

Vivi sem nunca questionar: quem sou!
Pois sou o que sou e não importa melhor aprender
A definição do que sou ou os outros julguem saber
Quem sou!
Pode a pergunta não fazer sentido
Ser leviandade. Orgulho ou falsa modéstia.
Ninguém dirá que é interrogação
Descoberta, Felicidade!

O que será a felicidade? Pergunto,
Inquieto-me!

Onde anda essa faúlha no breve eclipse
Do momento? De que cetim são feitos
Os meus pensamentos, dúvidas, preocupações
Que algemas me agrilhoam?

Quem sou?

Por onde andam os meus farrapos
Filhos, avós, netos, irmãos, amigos
Sei lá... ódios, amores, alegrias e maldições
Por onde andam os meus pedaços?

Estou aqui. Agradeço. Sorrio.
Transformo-me em chuva e em luz
Cinza e pó. Desfaço-me em areias,
Em fúrias, em vento, em deserto. Morro
Pensando que sou aquele que te amou.

Vamos nos encontrar?
A opção seja no meio do caminho
Deixando os sonhos filtrar
Toda negatividade retirando o espinho
Favorecendo a energia à Luz Brilhar.

Vamos nos encontrar?
Despertando toda nossa velha memória
Histórias perdidas no livro a evocar
À lucidez da outrora oratória.

Vamos nos encontrar...
Quem sabe no meio do caminho
Sugiro um brinde à beira mar
Lá tudo fica escrito no pergaminho
Da vida de promessas...

Vamos nos encontrar...
Mas no meio do nada
Incitar toda a lembrança
Esquecendo nossa mudança
Física e espiritual...
Dar um abraço nostálgico
Onde tudo pode ser mágico
Antes do adeus final...


EM - CONEXÕES ATLÂNTICAS - ANTOLOGIA - IN-FINITA

1 comentário:

  1. Questiona-se , tem saudades da amada, quer se encontrar com ela, para se recordarem do passado , na esperança de que possa haver um momento"novo".
    É muito interessante.

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