No
silêncio somente havia a ausência,
de
tudo que explicasse qualquer coisa,
mas
nada nem ninguém sequer não ousa,
romper
deste silêncio a inocência
aguada
e vesga, e a clarividência,
do
pensamento vento que não pousa,
mas
que não fala,pensa ou silencia,
e
dorme congelado numa poça
de
Medo, desmanchada na sarjeta,
no
bolso da camisa, no chapéu,
no
dinheiro que deu como gorjeta,
na
fruta que comeu, no mel, no fel,
do
medo de tornar-se obsoleta,
a crença já senil
porque viveu.EM - LIVRO DOS SONETOS, DOS PRIMEIROS AOS PENÚLTIMOS - JOSÉ LUIZ MELO - NOVO ESTILO EDIÇÕES DE AUTOR
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