LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO PELO AUTOR
O ofício de poeta
é mergulhar as mãos no fogo
e nele descobrir as raízes que florescem
como se fossem sol,
dos silêncios de pedra,
como se fossem cósmica semente
no espaço branco por escrever
É descobrir o vazio que espera a voz
rebento e grito da palavra;
é desvendar o instante e o azul,
que a raiz há-de rasgar
o chão
em manhã de nevoeiro,
pedra a pedra
rectilineamente
como o voo rectilíneo da ave
que procura o ninho para crescer
No vazio
esculpirá o poeta, o eco inicial
da palavra,
o grito e o sal
prestes a ser escritura
EM - UM ARBUSTO NO OLHAR - ALVARO GIESTA - CALÇADA DAS LETRAS
Sem comentários:
Enviar um comentário