Deixa-me chorar-te e rasgar, lentamente, a pele
com gemidos agudos de frio e de saudade
voltarei a chorar-te sempre e enquanto houver
olhos e dor e peito. E vontade.
Deixa-me chorar-te, obrigando-me a viver
com a mágoa da perda, do fracasso
do elo que criei, nunca o querendo perder
que desagua num rio que é o meu regaço.
Deixa-me chorar-te e uivar até morrer
e depois olhar-te ao longe, sabendo que não voltas.
Deixa-me rever-te no passado, nas paredes
que me acolheram lágrimas, filhos e revoltas.
EM - ANTES DE SERMOS DIA - SOFIA BARROS - LUA DE MARFIM
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