sábado, 6 de abril de 2013

Sequência - SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN

A sua face transpôs os temporais
O vento azul rolou entre os seus braços

A penumbra subiu e rodeou
O seu rosto aceso as suas mãos iguais

Dos seus ombros nasceram as estátuas
E o gesto dos seus dedos
Encantou os navios

Baloiça um enforcado na baía
Mãos sem corpo levam castiçais

Uma cortina enrola-se na brisa
Uma porta bate e de repente
Um corredor fica vazio.

EM - MAR - SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN - CAMINHO

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