segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Voyager - MANUEL ANTÓNIO PINA

Um instante, um só instante,
do azul ao vermelho, da música ao fogo!
Por que não encontra o sangue o seu lugar
entre os dispersos mundos?

Perde o viajante
o caminho de regresso.
No cristal do coração
que nenhum sono embacia,
fulgem imagens de imagens
de frios sonhos desfeitos.
algum país voltado para fora
lhe abrirá as vastas portas
e ele repousará enfim
sem noite e sem memória.

EM - POESIA REUNIDA - MANUEL ANTÓNIO PINA - ASSÍRIO & ALVIM

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