De noite, quando o silêncio desce pela água
e a música atravessa as casas por um cano,
tudo se conforma e se cala como se nada
existisse para além dos gatos e de alguns
pregos exteriores às paredes. O sol morreu
e com ele toda a energia dos carros.
Um homem foge para uma montanha
e inicia um ritual com o corpo. O seu sangue
e a neve cobrem as ruas como uma pintura.
EM - DO EXTERMÍNIO - JAIME ROCHA - RELÓGIO D'ÁGUA
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