quinta-feira, 1 de setembro de 2011

As minhas mortes - NATÉRCIA FREIRE

Atravessam as frinchas das janelas.
Espreitam na sombra. Esgueiram-se velozes,
Abutres a irromper dos ventres delas.
Delas, as loucas, minhas, várias mortes.

Situam-se entre os vermes e as estrelas
E não há solidão que as não conforte
Pois não há casamento para elas
Que são espectros de luz e fluido porte.

E como silvam nas canções das velas
Entre os vergames seculares da Sorte.

EM - ANTOLOGIA POÉTICA - NATÉRCIA FREIRE - ASSÍRIO & ALVIM

Sem comentários:

Enviar um comentário