A cidade encontra um pássaro dentro do
espelho. E nesta visão o homem descobre um nervo,
um sentido. Debaixo de uma fonte apodrece
a estátua. A sua alma debate-se contra os muros.
Desfaz-se numa linha obscura entre rosas.
Também outras flores que o mundo cria
ao amanhecer, escondidas, de costas para uma
grande tela de plástico. E nesse abismo, na cratera
luminosa nasce outra vez o crime desse pássaro.
EM - DO EXTERMÍNIO - JAIME ROCHA - RELÓGIO D'ÁGUA
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