A tua graça aérea, indefinida,
Graça de branco cisne, a agonizar,
Lembra a estrela da tarde adormecida
Na embaladora e doce voz do mar.
Como eu sofri... que angústia a despedida,
Nos meus olhos sem luz, do teu olhar,
Minha eterna sonâmbula, dorida
Dum sonho que a minha alma anda a penar.
Teu corpinho de lírio frouxo ao vento,
Teu porte de açucena desmaiada,
São o meu lindo e único tormento.
Curvo-me, ajoelho, ponho-me a rezar,
Madona dos meus sonhos adorada,
Uma oração d'amor a murmurar.
EM - POESIA - DOMINGOS MONTEIRO - INCM
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