sexta-feira, 18 de março de 2011

ascese - VASCO GRAÇA MOURA

asa que se vinga
do fim da viagem,
restos de carlinga
e de fuselagem,

a curva que swinga
como uma miragem,
cresce, minga, ginga,
no passar da aragem,

quando o voo tende
ao que na espiral
do olhar acende

o salto mortal
em que ao céu se prende
mas na vertical.

EM - POESIA 2001/2005 - VASCO GRAÇA MOURA - QUETZAL

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