quinta-feira, 31 de março de 2022

Vida Pós-Pandemia Em Prosa e Poesia - JANETE LAINHA COELHO

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Não serei uma poeta
De um tema velho
Uma nota só valeria
Passado é cabeçalho
No presente eu Maria
Terminaria o trabalho
VIDA PÓS-PANDEMIA
EM PROSA E POESIA

Rimarei esperança
Em outra realidade
O que de mim seria
Sem a nossa verdade
Onde a maldade veria
Alma na simplicidade
VIDA PÓS-PANDEMIA
EM PROSA E POESIA

Outra pessoa nascerá
Diante das desgraças
No relento eu dormiria
Com as Dez e as Graças
Sem dó o poema faria
Nas ruas e nas praças
VIDA PÓS-PANDEMIA
EM PROSA E POESIA

Outros motes e glosas
O martelo agalopado
Outra forma eu faria
Na mente fotografado
O verso não esconderia
Como fiz no passado
VIDA PÓS-PANDEMIA
EM PROSA E POESIA

Sairia do anonimato
Mudaria de endereço
Amaria todos os dias
Não barganharia preço
Adoecia só de alegria
Faria um novo começo
VIDA PÓS-PANDEMIA
EM PROSA E POESIA

Começava de manhã
Não seria a solidão
De tudo eu escreveria
Jamais na contramão
O coletivo viveria
No inverno e no verão
VIDA PÓS-PANDEMIA
EM PROSA E POESIA

Tanto que eu reprimi
Mas além vou chegar
A escritora vadia
Para todos autografar
O pudor eu afastaria
Ao escrito me entregar
VIDA PÓS-PANDEMIA
EM PROSA E POESIA

Os machões de plantão
Uma virgula não tiro
Após tanta agonia
O preto não retiro
Não terei um branco
Declamo e me arrisco
VIDA PÓS-PANDEMIA
EM PROSA E POESIA

Serei louca e deusa
Da palavra, ladainha
Mais inspiração teria
Sobrenome Rainha
Nova luta iniciaria
Não mais aprisionaria
VIDA PÓS-PANDEMIA
EM PROSA E POESIA

Livros de mão em mão
Pessoas de qualquer idade
Na galeria na livraria
Criança e mocidade
O velho valorizaria
Eu, e Dona Liberdade!
VIDA PÓS-PANDEMIA
EM PROSA E POESIA

EM - ECOS DO NORDESTE - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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