sábado, 4 de julho de 2020

Comboio de brincar - MARISÔ


LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Ouvindo este ruído inocente,
Um comboio ziguezaga aquela sala,
Crianças a brincar alegremente,
A apitar naquela estação
Na solidão da sua cozinha,
A doce mãe os espera, calmamente,
Clama por elas para a sopa que fumega
E senta brevemente,
Observa seus filhos brincar.
E sente-se novamente pequenina,
Que vontade de jogar.
– “Incêndio! Incêndio! Ajudem-me! Ajudem-me!
– Fiquei aqui entalado!”
O seu rapazito murmurava, numa brincadeira sem fim!
Infância volta! Traz aquilo que levaste
E voltemos todos juntos a esta sala de jantar.
– “Venham meninos, venham comer a sopa!”
E vai sorvendo esse sonho infantil,
Com o comboio a apitar num iceberg
Quando tudo parece naufragar
Que difícil a arte. Ser mulher.
O comboio da meninice insiste em percorrer a infância,
Essa alegria inocente e confiante o ser criança,
Em que tudo se concerta e acerta,
No coração da jovem mãe!

EM - TOCA A ESCREVER - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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