Deixa para amanhã, para nunca,
A possibilidade de ir, de receber
O sol na cara. Fecha os olhos,
Encosta as mãos ao peito para
Sentires melhor a resignação. Fica
Aí, parado, não tentes rasgar
O pano que te cobre e impede
A suavidade dos movimentos. O céu
É azul, como sempre. Cada passo
Que dás é demonstração
Da inutilidade de tudo, cansaço
Acumulado sem destino nenhum.
EM - A SOLIDÃO COMO UM SENTIDO/DESESPERO - RUI ALMEIDA - LUA DE MARFIM
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